segunda-feira, 5 de março de 2012

Campanha da Fraternidade é lançada no DF com tema 'saúde pública'

Campanha da Fraternidade é lançada no DF com tema 'saúde pública'

Evento ocorreu na noite desta quarta-feira (22) na Catedral Metropolitana.
CNBB quer sensibilizar fiéis sobre demora no atendimento e falta de vagas.

 
Foi lançada na noite desta quarta-feira (22) na Catedral Metropolitana de Brasília a Campanha da Fraternidade 2012. O tema escolhido para este ano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi "Fraternidade e Saúde Pública".
A CNBB quer sensibilizar os fiéis sobre a demora no atendimento e falta de vagas nos hospitais públicos do país.

"Nós temos uma visão de saúde que não inclui apenas o combate às enfermidades, mas as várias dimensões da pessoa humana devem ser contempladas", disse o arcebispo de Brasília, dom Sérgio Rocha.

Fonte : http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/02/campanha-da-fraternidade-e-lancada-no-df-com-tema-saude-publica.html
Postado por : Giovanna Vidigal e Luísa Helena.

Notas sobre a saúde pública no Brasil

De 0 a 10, índice do governo dá nota 5,4 à saúde pública no Brasil

Só 1,9% da população vive em cidades com nota acima de 7,0.
Índice de Desempenho do SUS foi lançado nesta quinta pelo ministério.

Tai NalonDo G1, em Brasília

Índice elaborado pelo governo revela que somente 1,9% da população brasileira vive nos 347 municípios cujos serviços públicos de saúde têm notas acima de 7,0, segundo o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), lançado nesta quinta (1) pelo Ministério da Saúde.
Observação: ao ser publicado, este texto informou que a meta estipulada pelo Ministério da Saúde para os municípios brasileiros era nota 7,0, segundo informaram técnicos da pasta em entrevista prévia ao anúncio do índice, na terça-feira (28). Nesta quinta, ao fazer o anúncio oficial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que não há meta. A alteração foi feita às 17h24.
A parcela dos que têm os melhores serviços públicos, segundo o índice, é menor que a dos 5,7 milhões de brasileiros que vivem nas 132 cidades com os piores serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), isto é, com notas inferiores a 3,9. A média nacional resultante do índice é 5,4.
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"O país passou raspando, na nossa avaliação", disse Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS.
Segundo o Ministério da Saúde, o índice, que será atualizado a cada três anos, pretende avaliar o desempenho dos serviços oferecidos pelo SUS nos municípios.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou o lançamento do novo índice como parte de uma "obsessão" do governo em avaliar seus serviços e atribuiu à presidente Dilma Rousseff essa cobrança. "O SUS não pode forma alguma temer o processo de avaliação. [...] Muito pelo contrário: tem que ser algo visto como fundamental para que a gente dê conta de avançar no SUS", declarou.
Questionado várias vezes se alguma nota seria ideal para o país, Padilha evitou citar números. Ele disse que o esforço do ministério é melhorar sempre os serviços disponíveis e que, ideal, nem a nota 10.
Na terça-feira, durante entrevista para esclarecimento sobre os critérios do IDSUS, no entanto, técnicos do Ministério da Saúde afirmaram que a nota 7,0 era um grau tido como meta do governo, em um primeiro momento.
"De 7,0 em diante é a nota que o SUS deveria ter", afirmou na ocasião Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS.
Segundo Padilha, não existe parâmetro internacional que se adeque ao cenário brasileiro. Metas, portanto, estão descartadas, disse.
O rankingCom pontuação que vai de 0 a 10, as aferições levaram em conta dados sobre saúde básica, ambulatorial, hospitalar e de emergência repassados pelos municípios a bases de dados nacionais (IBGE, Ipea, entre outros) entre 2008 e 2010.
Ao gerar a nota, o ministério leva em conta o acesso aos serviços do SUS e se esses serviços são prestados em sua totalidade. Esses critérios, ponderados, resultam na nota final.
Arte IDSUS 2012 VALE ESTE (Foto: Editoria de Arte/G1)
A maior parte da população (46,5%, ou 88.673.765), segundo os dados da Saúde, vive em municípios com índices de 5 a 5,9 - notas consideradas regulares; 24,5% dos brasileiros, ou 46,6 milhões vivem em localidades com notas entre 6 e 6,9; e 45,9 milhões (24,1%) estão em localidades cuja nota está entre 4 e 4,9.
A região com maior pontuação foi o Sul, com 6,12. O Sudeste teve nota 5,56; o Nordeste, 5,28; e o Centro-Oeste, 5,26. Por último ficou a região Norte, com 4,67.
Maiores e menoresAo ranquear os municípios, o ministério os dividiu em seis grupos, de acordo com perfis socioeconômico e de estrutura de saúde. De acordo com o critério adotado pelo ministério, nos grupos 1 (29 municípios) e 2 (94 municípios), estão as cidades mais ricas, com estruturas de saúde pública mais complexas; nos grupos 3 (632 municípios) e 4 (587 municípios), estão as cidades com pouca estrutura de média e alta complexidade; e, nos grupos 5 (2.038 cidades) e 6 (2.183), as cidades menores, com pouco ou nenhum atendimento especializado.
Dos seis mais bem colocados por grupo, cinco são do Sudeste e um do Sul. Segundo o IDSUS 2012, os municípios com as maiores notas por grupo são Vitória (ES), com 7,08, no Grupo 1; Barueri (SP), com 8,22, no Grupo 2; Rosana (SP), com 8,12, no Grupo 3; Turmalina (MG), com 7,31, no Grupo 4; Arco-Íris (SP), com 8,38, no Grupo 5; e Fernandes Pinheiro (PR), com 7,76, no Grupo 6.
Entre os piores índices por grupo, há duas cidades do Sudeste, três do Norte e uma do Nordeste: Rio de Janeiro, no Grupo 1, com nota 4,33; São Gonçalo (RJ), no Grupo 2, com 4,18; Colorado do Oeste (RO), no Grupo 3, com 3,65; Novo Repartimento (PA), no Grupo 4, com 2,56; Cujubim (RO), no Grupo 5, com 3,20; e Pilão Arcado (BA), no Grupo 6, com 2,50.

Fonte : http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/03/de-0-10-indice-do-governo-da-nota-54-saude-publica-no-brasil.html
Postado por : Giovanna Vidigal e Luísa Helena.

Como curar o sistema público de saúde?

Planos de saúde terão novos procedimentos obrigatórios

As famílias brasileiras financiam a maior parte das despesas de saúde no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total gasto em 2007, cerca de 128 bilhões de reais (57,4%) vieram dos bolsos dos cidadãos, ante 93 bilhões de reais (41,6%) provenientes do setor público.
O problema é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o folêgo dos brasileiros. O maior estorvo, é claro, está no atendimento oferecido pelo governo. De acordo com levantamento realizado junto a secretarias de saúde de sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba), ao menos 171.600 pessoas estão na fila para fazer uma cirurgia eletiva - procedimento agendado, que não possui característica de urgência. A demora para a realização de um procedimento ortopédico, por exemplo, pode levar até cinco anos.
A qualidade do serviço também é influenciada pela insatisfação dos médicos que trabalham para o Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde, em média, a remuneração dos profissionais da área pública é metade da paga pela privada. Em alguns casos, a diferença é exorbitante: uma equipe de seis profissionais recebe 940 reais do SUS por cirurgia, enquanto receberia até 13.500 reais dos planos de saúde.
Diante do caótico quadro da saúde pública, os brasileiros se esforçam para manter planos privados. Atualmente, 26,3% da população - ou 49,1 milhões de pessoas - compromete parte da renda para ficar longe dos hospitais públicos. O desafio é manter as contas em dias à medida que envelhecem. Aos 60 anos, um assegurado pode ter que desembolsar mais de 700 reais para manter um plano básico, suficiente apenas para ocupar um leito de enfermaria ao lado de outros pacientes, em caso de internação.
E as perspectivas não são boas. De acordo com estimativa realizada pelo Idec e pelo Procon, se mantidas as atuais condições de reajustes, nos próximos 30 anos, os planos de saúde deverão sofrer reajustes 126,67% acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em outras palavras, esse serviço se tornará proibitivo para boa parcela da população que hoje o possui.
Por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o governo já tentou regular os preços dos planos, colhendo alguns fracassos. E nada indica que futuras intervenções obteriam resultado diferente. E isso tem uma razão simples: as operadoras de saúde são empresas que realizam investimentos em tecnologia, estrutura e pessoal, contraem despesas e precisam honrar suas contas a cada final de mês. Elas estabelecem um valor a seus serviços levando em conta o custo deles e os preços de mercado. Portanto, pretender decretar o quanto essas companhias deveriam cobrar é uma medida que desafia razões elementares de mercado - em, outras palavras, briga com a realidade.
Frente a esse quadro, cresce ainda mais a importância da discussão acerca do sistema público de saúde - alimentado com o dinheiro que sai do bolso do contribuinte. Mas que, em geral, não trata bem esse cidadão.
Durante esta semana, VEJA.com vai analisar a realidade do sistema público de saúde, ouvindo especialistas e as campanhas presidenciais, para saber, afinal, que Brasil os candidatos pretendem construir nos próximos quatro anos.

Maior hospital público do DF tem até fila no chão para pacientes do SUS

Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal enfrentam problemas como falta de médicos, filas e espera de até sete horas para receber atendimento. No Hospital de Base de Brasília, principal instituição da rede pública no DF, pacientes ouvidos pelo G1 disseram que chegam a esperar atendimento sentados no chão.
Fila para atendimento no pronto socorro do Hospital de Base de Brasília (acima); tumulto na entrada do PS após demora no atendimento (abaixo, à esquerda) e pacientes já internados aguardam consulta em uma das alas do hospital (Foto: Filipe Matoso/G1)Fila para marcação de consulta no Hospital de Base de Brasília (acima e abaixo, à esquerda) e pacientes já internados aguardam consulta em uma das alas do hospital (Fotos: Filipe Matoso/G1)
Conversei com pessoas que chegaram 9h da manhã, são quatro e meia da tarde e ninguém foi atendido. Os funcionários informaram que pacientes para oftalmologia, clínica-geral e ortopedia deverão pegar uma fila só. Enquanto isso há deficientes físicos, idosos e crianças sentados no chão esperando atendimento"
Jaqueline Dias, que aguardava atendimento para a mãe há mais de quatro horas
O hospital registrou em 2011, em média, 1,9 mil internações por mês, segundo o Ministério da Saúde, e mais de 300 mil atendimentos ambulatoriais por ano, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF.
Nesta quarta-feira (29), Daílda Castro, 47 anos, moradora de Samambaia, buscava atendimento para a filha de 11 anos, que estava com o tornozelo inchado.
“Fui ao Hospital de Taguatinga e lá me informaram que não havia médicos ortopedistas. Me encaminharam ao Hospital de Base. Chegando aqui, a funcionária da triagem me disse que não iria atender nenhum paciente vindo de Taguatinga, mas apenas quem estivesse com traumatismo craniano.” “Ela disse que se eu estivesse com problemas, que fosse reclamar com o Agnelo [governador do Distrito Federal]”.
Outro paciente que enfrentou problemas no hospital foi Gustavo Miranda, 41 anos, morador do Recanto das Emas, região a 26 km de Brasília. Ele afirmou ter complicações no olho esquerdo, após sofrer um acidente quando era criança.
Pacientes aguardam sentados no chão por atendimento no Hospital de Base (Foto: Filipe Matoso/G1)Pacientes aguardam atendimento sentados no
chão no Hospital de Base (Foto: Filipe Matoso/G1)
“Fui a uma clínica particular e o médico me encaminhou ao Hospital de Base. Cheguei por volta do meio-dia e até as quatro da tarde não fui atendido. Os funcionários informaram que há médicos, mas não há previsão nenhuma para o atendimento. Meu olho está irritado, coçando, inchado e não concordo em esperar esse tempo todo”, afirmou Miranda.
No mesmo dia, Jaqueline Dias, 32 anos, moradora do Paranoá, disse que estava com a mãe que precisava ser atendida na oftalmologia. Depois de quatro horas, ela ainda não havia sido consultada.
“Conversei com pessoas que chegaram 9h da manhã, são quatro e meia da tarde e ninguém foi atendido. Os funcionários informaram que pacientes para oftalmologia, clínica-geral e ortopedia deverão pegar uma fila só. Enquanto isso há deficientes físicos, idosos e crianças sentados no chão esperando atendimento”, afirmou.
A adolescente Ângela Martins, de 17 anos, precisou acompanhar a prima de 19 que sentia dores na coluna e no calcanhar e foi encaminhada ao Hospital de Base na quarta-feira.
“Após meia hora na fila de espera, desistimos. Fomos ao hospital do Núcleo Bandeirante e nos encaminharam para cá. Chegamos aqui e um segurança e uma funcionária da triagem nos disseram que não há médicos ortopedistas atendendo. Aqui está um caos, vamos a outro hospital tentar atendimento”, disse Ângela.

Fonte : http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/03/maior-hospital-publico-do-df-tem-ate-fila-no-chao-para-pacientes-do-sus.html
Postado por : Giovanna Vidigal e Luísa Helena.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saúde Pública


No Brasil, 47 milhões de pessoas possuem plano de saúde, ou seja, 25% da população. Os outros 75% dependem da rede pública de saúde, isso equivale a 143 milhões de brasileiros.
De acordo com as informações do secretário de gestão Estratégica e Participação do Ministério da Saúde, José Odorico Monteiro de Andrade, desses 143 milhões, 100 milhões são atendidos pelo Programa Saúde da Família (PSF).
Os números são impressionantes, mas uma pesquisa realizada pelo Ipea junto aos usuários do SUS mostrou que a qualidade do serviço prestado pelo Sistema tem muito o que melhorar. Seguem abaixo alguns números dessa avaliação:
58,1% dos participantes da pesquisa disseram que o problema mais frequente é a falta de médico. A demora para atendimentos em hospitais, centros de saúde e postos foi a questão mais crítica para 35,4% dos entrevistados. Por fim, o longo período de espera para conseguir consultas com especialistas aparece em terceiro lugar, com 33,8% dos votos.
Um dado que ajuda a explicar esse fato é que no Brasil só 6% dos gastos totais do governo vão para a saúde. Isso significa que o país ocupa a nona posição no ranking dos gastos públicos com saúde, atrás, por exemplo, da Bolívia (8%) e da Colômbia (18,3%).

Por que a saúde pública no Brasil é tão ruim?


A oferta de serviços de saúde pública do Brasil tem se revelado de baixíssima qualidade e em quantidade inadequada para atender a população, notadamente, a população pobre. Quantas vezes temos visto pela grande mídia relatos e imagens que nos deixam indignados e revoltados com falta de estrutura física e humana para atender as pessoas? Certamente, muitas vezes. Quem tem um plano de saúde privado passa pelo mesmo problema? O Brasil gasta de forma adequada com a saúde dos brasileiros?

Os gastos com saúde no Brasil são gigantescos, entretanto, a carência de recursos médicos ainda persiste, notadamente nas regiões mais distante dos grandes centros e nas periferias das grandes cidades brasileiras. O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) realizou um estudo no qual comparou os gastos com saúde de diversos países. No Brasil são gastos 7,6% do PIB por anos com saúde, destes, 45,6% é do setor público e o restante corresponde aos gastos do setor privado. Aliás, no Brasil, o setor privado cobre, por meio de planos de saúde, atendimentos avulsos, hospitais e outras formas, cerca de 48 milhões de pessoas, gerando uma receita anual de aproximadamente US$ 27,2 bilhões. Em comparação com outros países, o Brasil está em uma posição intermediária. Os Estados Unidos gastam 15,2% do PIB, sendo 44,6% do setor público; na Alemanha são essas proporções são 11,1% e 78,2%; no Canadá são 9,9% e 69,9%; México são 6,2% e 46,4%; Argentina são 8,9% e 48,6%; no Chile são 6,1% e 48,8%. A média do conjunto dos países da América Latina são de 6,7% do PIB com gastos com saúde sendo que 54,4% deste gastos corresponde ao gasto público, na média dos países considerados ricos tem-se 10,8% do PIB com gastos de saúde com a participação do setor público sendo de 68,2%.

Observa-se dos números acima que nos países mais ricos apesar de a renda média ser muito superior à renda do Brasil gastam em termos percentuais com saúde muito mais que o Brasil gasta. Além disso mais da metade dos serviços médicos é pago pelo setor privado, embora muitos desses gastos privados acabam se tornando do setor público em razão das isenções descontos no imposto de renda. O Brasil gasta mais do que a média dos países da América Latina, entretanto, a participação do setor público é menor. Na comparação com os países ricos, então no Brasil temos consideravelmente menos gastos com saúde (em termos do PIB e de valor absoluto) e muito menos participação do setor público nos gastos totais com saúde.

Isso tem levado ao programa público de saúde, o Programa Único de Saúde (SUS),a atender quase que exclusivamente as pessoas mais pobres, visto que até mesmo a grande maioria das pessoas que trabalham em fábricas e em empresas em geral estão cobertas por algum plano de saúde privado. Ficam para serem atendidas pelo programa do governo as pessoas que não possuem nenhum plano privado, correspondendo geralmente as pessoas desempregadas, as subempregadas, os aposentados e as pessoas empregadas de pequenas empresas. Esse universo de pessoas apesar de constituir em uma grande quantidade tem muito pouca visibilidade e respeitabilidade entre os formadores de opinião e as autoridades responsáveis pela oferta de saúde pública para que suas vozes de reclamos sejam ouvidas por esses. Esse é o principal motivo pelo qual a saúde pública é tão caótica em nosso país, ou seja, as nossas autoridades brasileiras e a sociedade não dão a atenção devida para as pessoas que precisam dos atendimentos médicos do setor público. Quando as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizarem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então os gastos com a saúde irão aumentar significativamente e a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentaria bastante e as pessoas seriam atendidas com muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país.

Reportagem: Saúde Pública no DF


Brasília – O secretário adjunto de Saúde do Distrito Federal (DF), Elias Fernando Miziara, reconhece que a “atual situação da rede pública deixa muito a desejar e está longe do que se pode considerar minimamente satisfatório” – tanto para os gestores e profissionais de saúde quanto para a população.
Em entrevista à Agência Brasil, o secretário admitiu que a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) no DF tem um histórico de mau atendimento e de situação caótica. “Estamos recuperando o ânimo do servidor, a estrutura administrativa, recompondo os estoques de medicamento, fazendo a atualização de equipamentos, reorganizando o sistema. E isso não se faz rapidamente”, justificou.
A equipe de reportagem da Agência Brasil percorreu, na segunda quinzena de outubro, hospitais regionais do DF, além de centros de saúde e da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Samambaia, a única entregue pelo governo. As queixas mais frequentes dos pacientes são a demora no atendimento, a quantidade insuficiente de médicos de plantão e a falta de informação.
Para Miziara, enquanto o Programa Saúde da Família não for expandido no DF, os problemas devem permanecer. Segundo ele, a previsão é que pelo menos 170 novas equipes sejam formadas até dezembro, aumentando a cobertura do programa para 30% da população do DF. Atualmente, o índice é inferior a 12%.
“Sabemos onde está a população e temos que colocar equipe disponível lá, próximo dela”, disse. “A proposta é, no contexto da atenção primária, disponibilizar atenção ao grupo familiar, não apenas uma atenção especializada como pediatria ou cardiologia. A pessoa vai chegar lá e não vai ser o número tal. Será o fulano que mora na rua ali pertinho. Você muda totalmente a perspectiva”, explicou.
O secretário destacou ainda que pelo menos 35% da população do DF têm planos de saúde e não recorrem aos SUS. “Se tivermos um serviço organizado, funcionando dentro do esquema que estamos tentando implementar, daremos conta da atenção à população.”

A realidade da saúde pública



A questão da saúde pública no Brasil sempre foi considerada um dos grandes entraves para o seu desenvolvimento econômico. Uma séria faceta da economia da saúde para o estado é representada pelos gastos que ainda não têm surtido um resultado notório e que desconsidera que “A doença resulta não apenas de uma contradição entre o homem e o meio natural, mas também e necessariamente de uma contradição entre o indivíduo e o meio social” (Singer, 1988;69).
A visão geral da saúde para o homem brasileiro pode nos dar uma prévia de que ainda é necessário reavaliar os caminhos para as verbas destinadas aos programas de saúde pública. Popularmente e historicamente o Brasil foi caracterizado como o espaço de gente doente (Silva, 2003). Uma rápida análise pode nos mostrar o quanto se mantém a discrepância entre a produção de riqueza e sua distribuição, colaborando com o desenvolvimento de índices inaceitáveis de desenvolvimento humano especialmente em regiões específicas do Brasil, a desigualdade permanece uma constante independentemente da região.
Não há dúvidas de que a condição sanitária está distante do ideal. No entanto é importante observar que tem se proposto uma mentalidade diferente do estado para com a saúde da população. Um dos elementos definidores dessa nova visão do estado para com a saúde pública, sem dúvida, são os gastos públicos direcionados para essa pasta e toda uma legislação reguladora da ação dos órgãos gestores em saúde.
As verbas destinadas à saúde têm como fonte o faturamento das empresas (COFINS), valores provenientes de fontes fiscais como a CPMF e o lucro líquido. Na esfera municipal os recursos são oriundos do tesouro e recursos transferidos da União que devem ser previstos nos fundos de saúde estatal e municipal como receita operacional proveniente da esfera estatal ou federal e utilizada em ações prevista nos respectivos planos de saúde.
                                                                                                                                                            
Quando falamos de serviços públicos no Brasil, realmente o assunto parece ser mais do que prolixo. E triste.
O fato é que dessa vez eu sente na pele (e não foi naquele programa de tevê que procura ganhar audiência relatando essas tristezas, não). Decidi fazer uso do sistema público de saúde para saber como funcionava na realidade aquele serviço que todos nós, cidadãos, pagamos através de nossos impostos.
Iniciei essa minha experiência com dois fatores relevantes e favoráveis. Primeiramente, o fato de ser ano eleitoral. Estamos praticamente nas vésperas das eleições municipais em todo país, e como todo mundo sabe nessas épocas tudo funciona em plena harmonia – pelo menos é o que se espera. Segundo, por conhecer uma pessoa que trabalha no mencionado sistema e juntamente dela, começar a “jornada”.
Agora, some esses dois fatores e entenda o porquê de ter mencionado o termo politicagem.
Responda-me: como uma prefeitura pode ter em seu quadro de funcionários, um percentual tão elevado de analfabetos? Infelizmente essa realidade reflete outra verdade degradante que é o analfabetismo e a péssima formação educacional de um povo dependente da rede pública de ensino. E só para fecharmos o raciocínio, informo-lhes que esse meu “conhecido” não possui nem o ensino médio concluído, mas ainda assim ocupa um cargo de confiança: a chefia de um setor (que por questões éticas não vou revelar) do hospital municipal.
Nada contra a pessoa dele. Por sinal, uma pessoa muito prestativa que está apenas, pode-se dizer, “fazendo seu trabalho”. Mas jamais poderia deixar de condenar essa prática que na prática (isso mesmo, para ser bem redundante e relevante) retira a chance de pessoas especializadas que depositaram anos e anos de estudos, na esperança de um dia ocupar um cargo público e consequentemente prestar um serviço de maior qualidade à população. Pensei comigo mesmo: essa situação está agora em minhas retinas pelo fator de conhecer uma “peça” que nesse momento está compondo o sistema. Anteriormente, o sistema sempre funcionava desta forma. O que muda de uma eleição a outra, de uma administração a outra, são somente as “peças”. Esse é o sistema.
Inicialmente me senti sujo. Não porque estava me utilizando dos serviços públicos (afinal de contas, como já dito anteriormente, todos nós cidadãos fazemos jus aos mesmos – quando pagamos pelos serviços particulares, estamos pagando duas vezes), mas sim pelo fato de estar, de certa forma, burlando, sendo desonesto e antiético.




Apresentando o trabalho



    Olá, primeiramente temos de nos apresentar ,bom ,somos alunos marista e recebemos um trabalho ,fazer um blog haver com a campanha da fraternidade 2012.O tema que estamos encarregados é ‘A realidade da saúde pública no Brasil ‘ ,assuntos não vão faltar .
Você aí ,que tem dinheiro e um ótimo plano de saúde .Fica dez minutos em uma fila ,achando esse tempo uma completa falta de atendimento . Você que reclama por nada .O que pensa ao ver essas fotos ? 
Primeiro entenda um pouco a situação que essas pessoas tem de enfrentar, pois não tem condições de ‘desfrutar’ um lugar melhor .Além de esperarem horas na fila , o atendimento é péssimos.
Vamos ao Teórico:
Os gastos com saúde no Brasil são gigantescos,entretanto ,a carência de recursos médicos ainda persiste ,notadamente nas regiões mais distante dos grandes centros e nas periferias das grandes cidades brasileiras .O instituto de pesquisas Aplicadas Econômicas (IPEA ) realizou um estudo no qual comparou os gastos com saúde de diversos países. No Brasil são gastos 7,6% do PIB por anos com saúde, destes, 45,6% é do setor público e o restante corresponde aos gastos do setor privado. Aliás, no Brasil, o setor privado cobre, por meio de planos de saúde.atendimentos avulsos, hospitais e outras formas, cerca de 48 milhões de pessoas, gerando uma receita anual de aproximadamente US$ 27,2 bilhões. Em comparação com outros países, o Brasil está em uma posição intermediária. Os Estados Unidos gastam 15,2% do PIB, sendo 44,6% do setor público; na Alemanha são essas proporções são 11,1% e 78,2%; no Canadá são 9,9% e 69,9%; México são 6,2% e 46,4%; Argentina são 8,9% e 48,6%; no Chile são 6,1% e 48,8%. A média do conjunto dos países da América Latina são de 6,7% do PIB com gastos com saúde sendo que 54,4% deste gastos corresponde ao gasto público, na média dos países considerados ricos tem-se 10,8% do PIB com gastos de saúde com a participação do setor público sendo de 68,2%.