Os números são impressionantes, mas uma pesquisa realizada pelo Ipea junto aos usuários do SUS mostrou que a qualidade do serviço prestado pelo Sistema tem muito o que melhorar. Seguem abaixo alguns números dessa avaliação:
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Saúde Pública
Por que a saúde pública no Brasil é tão ruim?
A oferta de serviços de saúde
pública do Brasil tem se revelado de baixíssima qualidade e em quantidade
inadequada para atender a população, notadamente, a população pobre. Quantas
vezes temos visto pela grande mídia relatos e imagens que nos deixam indignados
e revoltados com falta de estrutura física e humana para atender as pessoas?
Certamente, muitas vezes. Quem tem um plano de saúde privado passa pelo mesmo
problema? O Brasil gasta de forma adequada com a saúde dos brasileiros?
Os gastos com saúde no Brasil
são gigantescos, entretanto, a carência de recursos médicos ainda persiste,
notadamente nas regiões mais distante dos grandes centros e nas periferias das
grandes cidades brasileiras. O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas
(IPEA) realizou um estudo no qual comparou os gastos com saúde de diversos
países. No Brasil são gastos 7,6% do PIB por anos com saúde, destes, 45,6% é do
setor público e o restante corresponde aos gastos do setor privado. Aliás, no
Brasil, o setor privado cobre, por meio de planos de saúde, atendimentos
avulsos, hospitais e outras formas, cerca de 48 milhões de pessoas, gerando uma
receita anual de aproximadamente US$ 27,2 bilhões. Em comparação com outros
países, o Brasil está em uma posição intermediária. Os Estados Unidos gastam
15,2% do PIB, sendo 44,6% do setor público; na Alemanha são essas proporções
são 11,1% e 78,2%; no Canadá são 9,9% e 69,9%; México são 6,2% e 46,4%;
Argentina são 8,9% e 48,6%; no Chile são 6,1% e 48,8%. A média do conjunto dos
países da América Latina são de 6,7% do PIB com gastos com saúde sendo que
54,4% deste gastos corresponde ao gasto público, na média dos países
considerados ricos tem-se 10,8% do PIB com gastos de saúde com a participação
do setor público sendo de 68,2%.
Observa-se dos números acima
que nos países mais ricos apesar de a renda média ser muito superior à renda do
Brasil gastam em termos percentuais com saúde muito mais que o Brasil gasta.
Além disso mais da metade dos serviços médicos é pago pelo setor privado,
embora muitos desses gastos privados acabam se tornando do setor público em
razão das isenções descontos no imposto de renda. O Brasil gasta mais do que a
média dos países da América Latina, entretanto, a participação do setor público
é menor. Na comparação com os países ricos, então no Brasil temos
consideravelmente menos gastos com saúde (em termos do PIB e de valor absoluto)
e muito menos participação do setor público nos gastos totais com saúde.
Isso tem levado ao programa
público de saúde, o Programa Único de Saúde (SUS),a atender quase que
exclusivamente as pessoas mais pobres, visto que até mesmo a grande maioria das
pessoas que trabalham em fábricas e em empresas em geral estão cobertas por
algum plano de saúde privado. Ficam para serem atendidas pelo programa do
governo as pessoas que não possuem nenhum plano privado, correspondendo geralmente
as pessoas desempregadas, as subempregadas, os aposentados e as pessoas
empregadas de pequenas empresas. Esse universo de pessoas apesar de constituir
em uma grande quantidade tem muito pouca visibilidade e respeitabilidade entre
os formadores de opinião e as autoridades responsáveis pela oferta de saúde
pública para que suas vozes de reclamos sejam ouvidas por esses. Esse é o
principal motivo pelo qual a saúde pública é tão caótica em nosso país, ou
seja, as nossas autoridades brasileiras e a sociedade não dão a atenção devida
para as pessoas que precisam dos atendimentos médicos do setor público. Quando
as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizarem de forma eficaz
e sistemática, criando um movimento firme e forte, então os gastos com a saúde
irão aumentar significativamente e a qualidade e a quantidade dos serviços de
saúde pública no Brasil aumentaria bastante e as pessoas seriam atendidas com
muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em
todo o nosso país.
Reportagem: Saúde Pública no DF
Brasília – O secretário adjunto de Saúde do Distrito Federal (DF), Elias Fernando Miziara, reconhece que a “atual situação da rede pública deixa muito a desejar e está longe do que se pode considerar minimamente satisfatório” – tanto para os gestores e profissionais de saúde quanto para a população.
Em entrevista à Agência Brasil, o secretário admitiu que a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) no DF tem um histórico de mau atendimento e de situação caótica. “Estamos recuperando o ânimo do servidor, a estrutura administrativa, recompondo os estoques de medicamento, fazendo a atualização de equipamentos, reorganizando o sistema. E isso não se faz rapidamente”, justificou.
A equipe de reportagem da Agência Brasil percorreu, na segunda quinzena de outubro, hospitais regionais do DF, além de centros de saúde e da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Samambaia, a única entregue pelo governo. As queixas mais frequentes dos pacientes são a demora no atendimento, a quantidade insuficiente de médicos de plantão e a falta de informação.
Para Miziara, enquanto o Programa Saúde da Família não for expandido no DF, os problemas devem permanecer. Segundo ele, a previsão é que pelo menos 170 novas equipes sejam formadas até dezembro, aumentando a cobertura do programa para 30% da população do DF. Atualmente, o índice é inferior a 12%.
“Sabemos onde está a população e temos que colocar equipe disponível lá, próximo dela”, disse. “A proposta é, no contexto da atenção primária, disponibilizar atenção ao grupo familiar, não apenas uma atenção especializada como pediatria ou cardiologia. A pessoa vai chegar lá e não vai ser o número tal. Será o fulano que mora na rua ali pertinho. Você muda totalmente a perspectiva”, explicou.
O secretário destacou ainda que pelo menos 35% da população do DF têm planos de saúde e não recorrem aos SUS. “Se tivermos um serviço organizado, funcionando dentro do esquema que estamos tentando implementar, daremos conta da atenção à população.”
A realidade da saúde pública
A questão da saúde pública no
Brasil sempre foi considerada um dos grandes entraves para o seu
desenvolvimento econômico. Uma séria faceta da economia da saúde para o estado
é representada pelos gastos que ainda não têm surtido um resultado notório e
que desconsidera que “A doença resulta não apenas de uma contradição entre o
homem e o meio natural, mas também e necessariamente de uma contradição entre o
indivíduo e o meio social” (Singer, 1988;69).
A visão geral da saúde para o
homem brasileiro pode nos dar uma prévia de que ainda é necessário reavaliar os
caminhos para as verbas destinadas aos programas de saúde pública. Popularmente
e historicamente o Brasil foi caracterizado como o espaço de gente doente
(Silva, 2003). Uma rápida análise pode nos mostrar o quanto se mantém a discrepância
entre a produção de riqueza e sua distribuição, colaborando com o
desenvolvimento de índices inaceitáveis de desenvolvimento humano especialmente
em regiões específicas do Brasil, a desigualdade permanece uma constante
independentemente da região.
Não há dúvidas de que a condição
sanitária está distante do ideal. No entanto é importante observar que tem se
proposto uma mentalidade diferente do estado para com a saúde da população. Um
dos elementos definidores dessa nova visão do estado para com a saúde pública,
sem dúvida, são os gastos públicos direcionados para essa pasta e toda uma
legislação reguladora da ação dos órgãos gestores em saúde.
As verbas destinadas à saúde têm
como fonte o faturamento das empresas (COFINS), valores provenientes de fontes
fiscais como a CPMF e o lucro líquido. Na esfera municipal os recursos são
oriundos do tesouro e recursos transferidos da União que devem ser previstos
nos fundos de saúde estatal e municipal como receita operacional proveniente da
esfera estatal ou federal e utilizada em ações prevista nos respectivos planos
de saúde.
Quando
falamos de serviços públicos no Brasil, realmente o assunto parece ser mais do
que prolixo. E triste.
O fato é que dessa vez eu sente na pele (e não foi naquele programa de tevê que procura ganhar audiência relatando essas tristezas, não). Decidi fazer uso do sistema público de saúde para saber como funcionava na realidade aquele serviço que todos nós, cidadãos, pagamos através de nossos impostos.
Iniciei essa minha experiência com dois fatores relevantes e favoráveis. Primeiramente, o fato de ser ano eleitoral. Estamos praticamente nas vésperas das eleições municipais em todo país, e como todo mundo sabe nessas épocas tudo funciona em plena harmonia – pelo menos é o que se espera. Segundo, por conhecer uma pessoa que trabalha no mencionado sistema e juntamente dela, começar a “jornada”.
Agora, some esses dois fatores e entenda o porquê de ter mencionado o termo politicagem.
Responda-me: como uma prefeitura pode ter em seu quadro de funcionários, um percentual tão elevado de analfabetos? Infelizmente essa realidade reflete outra verdade degradante que é o analfabetismo e a péssima formação educacional de um povo dependente da rede pública de ensino. E só para fecharmos o raciocínio, informo-lhes que esse meu “conhecido” não possui nem o ensino médio concluído, mas ainda assim ocupa um cargo de confiança: a chefia de um setor (que por questões éticas não vou revelar) do hospital municipal.
Nada contra a pessoa dele. Por sinal, uma pessoa muito prestativa que está apenas, pode-se dizer, “fazendo seu trabalho”. Mas jamais poderia deixar de condenar essa prática que na prática (isso mesmo, para ser bem redundante e relevante) retira a chance de pessoas especializadas que depositaram anos e anos de estudos, na esperança de um dia ocupar um cargo público e consequentemente prestar um serviço de maior qualidade à população. Pensei comigo mesmo: essa situação está agora em minhas retinas pelo fator de conhecer uma “peça” que nesse momento está compondo o sistema. Anteriormente, o sistema sempre funcionava desta forma. O que muda de uma eleição a outra, de uma administração a outra, são somente as “peças”. Esse é o sistema.
Inicialmente me senti sujo. Não porque estava me utilizando dos serviços públicos (afinal de contas, como já dito anteriormente, todos nós cidadãos fazemos jus aos mesmos – quando pagamos pelos serviços particulares, estamos pagando duas vezes), mas sim pelo fato de estar, de certa forma, burlando, sendo desonesto e antiético.
O fato é que dessa vez eu sente na pele (e não foi naquele programa de tevê que procura ganhar audiência relatando essas tristezas, não). Decidi fazer uso do sistema público de saúde para saber como funcionava na realidade aquele serviço que todos nós, cidadãos, pagamos através de nossos impostos.
Iniciei essa minha experiência com dois fatores relevantes e favoráveis. Primeiramente, o fato de ser ano eleitoral. Estamos praticamente nas vésperas das eleições municipais em todo país, e como todo mundo sabe nessas épocas tudo funciona em plena harmonia – pelo menos é o que se espera. Segundo, por conhecer uma pessoa que trabalha no mencionado sistema e juntamente dela, começar a “jornada”.
Agora, some esses dois fatores e entenda o porquê de ter mencionado o termo politicagem.
Responda-me: como uma prefeitura pode ter em seu quadro de funcionários, um percentual tão elevado de analfabetos? Infelizmente essa realidade reflete outra verdade degradante que é o analfabetismo e a péssima formação educacional de um povo dependente da rede pública de ensino. E só para fecharmos o raciocínio, informo-lhes que esse meu “conhecido” não possui nem o ensino médio concluído, mas ainda assim ocupa um cargo de confiança: a chefia de um setor (que por questões éticas não vou revelar) do hospital municipal.
Nada contra a pessoa dele. Por sinal, uma pessoa muito prestativa que está apenas, pode-se dizer, “fazendo seu trabalho”. Mas jamais poderia deixar de condenar essa prática que na prática (isso mesmo, para ser bem redundante e relevante) retira a chance de pessoas especializadas que depositaram anos e anos de estudos, na esperança de um dia ocupar um cargo público e consequentemente prestar um serviço de maior qualidade à população. Pensei comigo mesmo: essa situação está agora em minhas retinas pelo fator de conhecer uma “peça” que nesse momento está compondo o sistema. Anteriormente, o sistema sempre funcionava desta forma. O que muda de uma eleição a outra, de uma administração a outra, são somente as “peças”. Esse é o sistema.
Inicialmente me senti sujo. Não porque estava me utilizando dos serviços públicos (afinal de contas, como já dito anteriormente, todos nós cidadãos fazemos jus aos mesmos – quando pagamos pelos serviços particulares, estamos pagando duas vezes), mas sim pelo fato de estar, de certa forma, burlando, sendo desonesto e antiético.
Apresentando o trabalho
Olá, primeiramente temos de nos apresentar
,bom ,somos alunos marista e recebemos um trabalho ,fazer um blog haver com a
campanha da fraternidade 2012.O tema que estamos encarregados é ‘A realidade da
saúde pública no Brasil ‘ ,assuntos não vão faltar .
Você aí ,que tem dinheiro e um ótimo plano de
saúde .Fica dez minutos em uma fila ,achando esse tempo uma completa falta de
atendimento . Você que reclama por nada .O que pensa ao ver essas fotos ?
Primeiro entenda um pouco a situação que essas
pessoas tem de enfrentar, pois não tem condições de ‘desfrutar’ um lugar melhor
.Além de esperarem horas na fila , o atendimento é péssimos.
Vamos ao Teórico:
Os gastos com saúde no Brasil são
gigantescos,entretanto ,a carência de recursos médicos ainda persiste ,notadamente
nas regiões mais distante dos grandes centros e nas periferias das grandes
cidades brasileiras .O instituto de pesquisas Aplicadas Econômicas (IPEA ) realizou um estudo no qual comparou os gastos com saúde de
diversos países. No Brasil são gastos 7,6% do PIB por anos com saúde, destes,
45,6% é do setor público e o restante corresponde aos gastos do setor privado.
Aliás, no Brasil, o setor privado cobre, por meio de planos de
saúde.atendimentos avulsos, hospitais e outras formas,
cerca de 48 milhões de pessoas, gerando uma receita anual de aproximadamente
US$ 27,2 bilhões. Em comparação com outros países, o Brasil está em uma posição
intermediária. Os Estados Unidos gastam 15,2% do PIB, sendo 44,6% do setor
público; na Alemanha são essas proporções são 11,1% e 78,2%; no Canadá são 9,9%
e 69,9%; México são 6,2% e 46,4%; Argentina são 8,9% e 48,6%; no Chile são 6,1%
e 48,8%. A média do conjunto dos países da América Latina são de 6,7% do PIB
com gastos com saúde sendo que 54,4% deste gastos corresponde ao gasto público,
na média dos países considerados ricos tem-se 10,8% do PIB com gastos de saúde
com a participação do setor público sendo de 68,2%.
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