segunda-feira, 5 de março de 2012

Campanha da Fraternidade é lançada no DF com tema 'saúde pública'

Campanha da Fraternidade é lançada no DF com tema 'saúde pública'

Evento ocorreu na noite desta quarta-feira (22) na Catedral Metropolitana.
CNBB quer sensibilizar fiéis sobre demora no atendimento e falta de vagas.

 
Foi lançada na noite desta quarta-feira (22) na Catedral Metropolitana de Brasília a Campanha da Fraternidade 2012. O tema escolhido para este ano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi "Fraternidade e Saúde Pública".
A CNBB quer sensibilizar os fiéis sobre a demora no atendimento e falta de vagas nos hospitais públicos do país.

"Nós temos uma visão de saúde que não inclui apenas o combate às enfermidades, mas as várias dimensões da pessoa humana devem ser contempladas", disse o arcebispo de Brasília, dom Sérgio Rocha.

Fonte : http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/02/campanha-da-fraternidade-e-lancada-no-df-com-tema-saude-publica.html
Postado por : Giovanna Vidigal e Luísa Helena.

Notas sobre a saúde pública no Brasil

De 0 a 10, índice do governo dá nota 5,4 à saúde pública no Brasil

Só 1,9% da população vive em cidades com nota acima de 7,0.
Índice de Desempenho do SUS foi lançado nesta quinta pelo ministério.

Tai NalonDo G1, em Brasília

Índice elaborado pelo governo revela que somente 1,9% da população brasileira vive nos 347 municípios cujos serviços públicos de saúde têm notas acima de 7,0, segundo o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), lançado nesta quinta (1) pelo Ministério da Saúde.
Observação: ao ser publicado, este texto informou que a meta estipulada pelo Ministério da Saúde para os municípios brasileiros era nota 7,0, segundo informaram técnicos da pasta em entrevista prévia ao anúncio do índice, na terça-feira (28). Nesta quinta, ao fazer o anúncio oficial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que não há meta. A alteração foi feita às 17h24.
A parcela dos que têm os melhores serviços públicos, segundo o índice, é menor que a dos 5,7 milhões de brasileiros que vivem nas 132 cidades com os piores serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), isto é, com notas inferiores a 3,9. A média nacional resultante do índice é 5,4.
saiba mais
"O país passou raspando, na nossa avaliação", disse Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS.
Segundo o Ministério da Saúde, o índice, que será atualizado a cada três anos, pretende avaliar o desempenho dos serviços oferecidos pelo SUS nos municípios.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou o lançamento do novo índice como parte de uma "obsessão" do governo em avaliar seus serviços e atribuiu à presidente Dilma Rousseff essa cobrança. "O SUS não pode forma alguma temer o processo de avaliação. [...] Muito pelo contrário: tem que ser algo visto como fundamental para que a gente dê conta de avançar no SUS", declarou.
Questionado várias vezes se alguma nota seria ideal para o país, Padilha evitou citar números. Ele disse que o esforço do ministério é melhorar sempre os serviços disponíveis e que, ideal, nem a nota 10.
Na terça-feira, durante entrevista para esclarecimento sobre os critérios do IDSUS, no entanto, técnicos do Ministério da Saúde afirmaram que a nota 7,0 era um grau tido como meta do governo, em um primeiro momento.
"De 7,0 em diante é a nota que o SUS deveria ter", afirmou na ocasião Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS.
Segundo Padilha, não existe parâmetro internacional que se adeque ao cenário brasileiro. Metas, portanto, estão descartadas, disse.
O rankingCom pontuação que vai de 0 a 10, as aferições levaram em conta dados sobre saúde básica, ambulatorial, hospitalar e de emergência repassados pelos municípios a bases de dados nacionais (IBGE, Ipea, entre outros) entre 2008 e 2010.
Ao gerar a nota, o ministério leva em conta o acesso aos serviços do SUS e se esses serviços são prestados em sua totalidade. Esses critérios, ponderados, resultam na nota final.
Arte IDSUS 2012 VALE ESTE (Foto: Editoria de Arte/G1)
A maior parte da população (46,5%, ou 88.673.765), segundo os dados da Saúde, vive em municípios com índices de 5 a 5,9 - notas consideradas regulares; 24,5% dos brasileiros, ou 46,6 milhões vivem em localidades com notas entre 6 e 6,9; e 45,9 milhões (24,1%) estão em localidades cuja nota está entre 4 e 4,9.
A região com maior pontuação foi o Sul, com 6,12. O Sudeste teve nota 5,56; o Nordeste, 5,28; e o Centro-Oeste, 5,26. Por último ficou a região Norte, com 4,67.
Maiores e menoresAo ranquear os municípios, o ministério os dividiu em seis grupos, de acordo com perfis socioeconômico e de estrutura de saúde. De acordo com o critério adotado pelo ministério, nos grupos 1 (29 municípios) e 2 (94 municípios), estão as cidades mais ricas, com estruturas de saúde pública mais complexas; nos grupos 3 (632 municípios) e 4 (587 municípios), estão as cidades com pouca estrutura de média e alta complexidade; e, nos grupos 5 (2.038 cidades) e 6 (2.183), as cidades menores, com pouco ou nenhum atendimento especializado.
Dos seis mais bem colocados por grupo, cinco são do Sudeste e um do Sul. Segundo o IDSUS 2012, os municípios com as maiores notas por grupo são Vitória (ES), com 7,08, no Grupo 1; Barueri (SP), com 8,22, no Grupo 2; Rosana (SP), com 8,12, no Grupo 3; Turmalina (MG), com 7,31, no Grupo 4; Arco-Íris (SP), com 8,38, no Grupo 5; e Fernandes Pinheiro (PR), com 7,76, no Grupo 6.
Entre os piores índices por grupo, há duas cidades do Sudeste, três do Norte e uma do Nordeste: Rio de Janeiro, no Grupo 1, com nota 4,33; São Gonçalo (RJ), no Grupo 2, com 4,18; Colorado do Oeste (RO), no Grupo 3, com 3,65; Novo Repartimento (PA), no Grupo 4, com 2,56; Cujubim (RO), no Grupo 5, com 3,20; e Pilão Arcado (BA), no Grupo 6, com 2,50.

Fonte : http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/03/de-0-10-indice-do-governo-da-nota-54-saude-publica-no-brasil.html
Postado por : Giovanna Vidigal e Luísa Helena.

Como curar o sistema público de saúde?

Planos de saúde terão novos procedimentos obrigatórios

As famílias brasileiras financiam a maior parte das despesas de saúde no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total gasto em 2007, cerca de 128 bilhões de reais (57,4%) vieram dos bolsos dos cidadãos, ante 93 bilhões de reais (41,6%) provenientes do setor público.
O problema é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o folêgo dos brasileiros. O maior estorvo, é claro, está no atendimento oferecido pelo governo. De acordo com levantamento realizado junto a secretarias de saúde de sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba), ao menos 171.600 pessoas estão na fila para fazer uma cirurgia eletiva - procedimento agendado, que não possui característica de urgência. A demora para a realização de um procedimento ortopédico, por exemplo, pode levar até cinco anos.
A qualidade do serviço também é influenciada pela insatisfação dos médicos que trabalham para o Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde, em média, a remuneração dos profissionais da área pública é metade da paga pela privada. Em alguns casos, a diferença é exorbitante: uma equipe de seis profissionais recebe 940 reais do SUS por cirurgia, enquanto receberia até 13.500 reais dos planos de saúde.
Diante do caótico quadro da saúde pública, os brasileiros se esforçam para manter planos privados. Atualmente, 26,3% da população - ou 49,1 milhões de pessoas - compromete parte da renda para ficar longe dos hospitais públicos. O desafio é manter as contas em dias à medida que envelhecem. Aos 60 anos, um assegurado pode ter que desembolsar mais de 700 reais para manter um plano básico, suficiente apenas para ocupar um leito de enfermaria ao lado de outros pacientes, em caso de internação.
E as perspectivas não são boas. De acordo com estimativa realizada pelo Idec e pelo Procon, se mantidas as atuais condições de reajustes, nos próximos 30 anos, os planos de saúde deverão sofrer reajustes 126,67% acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em outras palavras, esse serviço se tornará proibitivo para boa parcela da população que hoje o possui.
Por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o governo já tentou regular os preços dos planos, colhendo alguns fracassos. E nada indica que futuras intervenções obteriam resultado diferente. E isso tem uma razão simples: as operadoras de saúde são empresas que realizam investimentos em tecnologia, estrutura e pessoal, contraem despesas e precisam honrar suas contas a cada final de mês. Elas estabelecem um valor a seus serviços levando em conta o custo deles e os preços de mercado. Portanto, pretender decretar o quanto essas companhias deveriam cobrar é uma medida que desafia razões elementares de mercado - em, outras palavras, briga com a realidade.
Frente a esse quadro, cresce ainda mais a importância da discussão acerca do sistema público de saúde - alimentado com o dinheiro que sai do bolso do contribuinte. Mas que, em geral, não trata bem esse cidadão.
Durante esta semana, VEJA.com vai analisar a realidade do sistema público de saúde, ouvindo especialistas e as campanhas presidenciais, para saber, afinal, que Brasil os candidatos pretendem construir nos próximos quatro anos.

Maior hospital público do DF tem até fila no chão para pacientes do SUS

Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal enfrentam problemas como falta de médicos, filas e espera de até sete horas para receber atendimento. No Hospital de Base de Brasília, principal instituição da rede pública no DF, pacientes ouvidos pelo G1 disseram que chegam a esperar atendimento sentados no chão.
Fila para atendimento no pronto socorro do Hospital de Base de Brasília (acima); tumulto na entrada do PS após demora no atendimento (abaixo, à esquerda) e pacientes já internados aguardam consulta em uma das alas do hospital (Foto: Filipe Matoso/G1)Fila para marcação de consulta no Hospital de Base de Brasília (acima e abaixo, à esquerda) e pacientes já internados aguardam consulta em uma das alas do hospital (Fotos: Filipe Matoso/G1)
Conversei com pessoas que chegaram 9h da manhã, são quatro e meia da tarde e ninguém foi atendido. Os funcionários informaram que pacientes para oftalmologia, clínica-geral e ortopedia deverão pegar uma fila só. Enquanto isso há deficientes físicos, idosos e crianças sentados no chão esperando atendimento"
Jaqueline Dias, que aguardava atendimento para a mãe há mais de quatro horas
O hospital registrou em 2011, em média, 1,9 mil internações por mês, segundo o Ministério da Saúde, e mais de 300 mil atendimentos ambulatoriais por ano, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF.
Nesta quarta-feira (29), Daílda Castro, 47 anos, moradora de Samambaia, buscava atendimento para a filha de 11 anos, que estava com o tornozelo inchado.
“Fui ao Hospital de Taguatinga e lá me informaram que não havia médicos ortopedistas. Me encaminharam ao Hospital de Base. Chegando aqui, a funcionária da triagem me disse que não iria atender nenhum paciente vindo de Taguatinga, mas apenas quem estivesse com traumatismo craniano.” “Ela disse que se eu estivesse com problemas, que fosse reclamar com o Agnelo [governador do Distrito Federal]”.
Outro paciente que enfrentou problemas no hospital foi Gustavo Miranda, 41 anos, morador do Recanto das Emas, região a 26 km de Brasília. Ele afirmou ter complicações no olho esquerdo, após sofrer um acidente quando era criança.
Pacientes aguardam sentados no chão por atendimento no Hospital de Base (Foto: Filipe Matoso/G1)Pacientes aguardam atendimento sentados no
chão no Hospital de Base (Foto: Filipe Matoso/G1)
“Fui a uma clínica particular e o médico me encaminhou ao Hospital de Base. Cheguei por volta do meio-dia e até as quatro da tarde não fui atendido. Os funcionários informaram que há médicos, mas não há previsão nenhuma para o atendimento. Meu olho está irritado, coçando, inchado e não concordo em esperar esse tempo todo”, afirmou Miranda.
No mesmo dia, Jaqueline Dias, 32 anos, moradora do Paranoá, disse que estava com a mãe que precisava ser atendida na oftalmologia. Depois de quatro horas, ela ainda não havia sido consultada.
“Conversei com pessoas que chegaram 9h da manhã, são quatro e meia da tarde e ninguém foi atendido. Os funcionários informaram que pacientes para oftalmologia, clínica-geral e ortopedia deverão pegar uma fila só. Enquanto isso há deficientes físicos, idosos e crianças sentados no chão esperando atendimento”, afirmou.
A adolescente Ângela Martins, de 17 anos, precisou acompanhar a prima de 19 que sentia dores na coluna e no calcanhar e foi encaminhada ao Hospital de Base na quarta-feira.
“Após meia hora na fila de espera, desistimos. Fomos ao hospital do Núcleo Bandeirante e nos encaminharam para cá. Chegamos aqui e um segurança e uma funcionária da triagem nos disseram que não há médicos ortopedistas atendendo. Aqui está um caos, vamos a outro hospital tentar atendimento”, disse Ângela.

Fonte : http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/03/maior-hospital-publico-do-df-tem-ate-fila-no-chao-para-pacientes-do-sus.html
Postado por : Giovanna Vidigal e Luísa Helena.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saúde Pública


No Brasil, 47 milhões de pessoas possuem plano de saúde, ou seja, 25% da população. Os outros 75% dependem da rede pública de saúde, isso equivale a 143 milhões de brasileiros.
De acordo com as informações do secretário de gestão Estratégica e Participação do Ministério da Saúde, José Odorico Monteiro de Andrade, desses 143 milhões, 100 milhões são atendidos pelo Programa Saúde da Família (PSF).
Os números são impressionantes, mas uma pesquisa realizada pelo Ipea junto aos usuários do SUS mostrou que a qualidade do serviço prestado pelo Sistema tem muito o que melhorar. Seguem abaixo alguns números dessa avaliação:
58,1% dos participantes da pesquisa disseram que o problema mais frequente é a falta de médico. A demora para atendimentos em hospitais, centros de saúde e postos foi a questão mais crítica para 35,4% dos entrevistados. Por fim, o longo período de espera para conseguir consultas com especialistas aparece em terceiro lugar, com 33,8% dos votos.
Um dado que ajuda a explicar esse fato é que no Brasil só 6% dos gastos totais do governo vão para a saúde. Isso significa que o país ocupa a nona posição no ranking dos gastos públicos com saúde, atrás, por exemplo, da Bolívia (8%) e da Colômbia (18,3%).